📰 Ucrânia intensifica contra-ofensiva enquanto Rússia amplia ataques com drones e mísseis

Conflito entra no quarto ano com novos focos de combate, desgaste militar e crescente pressão internacional por negociações de paz.

Imagem gerada por IA

Kiev, Ucrânia — A guerra entre Rússia e Ucrânia ultrapassa os três anos de duração com novo agravamento no leste do território ucraniano. Nas últimas semanas, as forças ucranianas intensificaram sua contra-ofensiva em regiões próximas a Kharkiv e Donetsk, enquanto Moscou respondeu com uma série de ataques aéreos coordenados utilizando mísseis hipersônicos e enxames de drones Shahed, fornecidos pelo Irã.

Segundo o Ministério da Defesa da Ucrânia, as tropas do país conseguiram recuperar pequenas áreas ocupadas e estão tentando estabilizar linhas de defesa com apoio ocidental. Já a Rússia afirma ter repelido “tentativas desesperadas” de avanço ucraniano e continua pressionando posições estratégicas no sul.

“Estamos lutando com coragem, mas também precisamos de mais munições e sistemas de defesa aérea”, declarou o presidente Volodymyr Zelensky, durante visita a Washington na última semana, onde buscou novos pacotes de ajuda militar dos EUA.

Enquanto isso, analistas apontam que ambos os lados enfrentam desgaste logístico e humano, sem perspectiva de vitória rápida. Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), o conflito entrou em uma fase de atrito prolongado, com pequenas movimentações táticas e grande impacto civil.

Diplomacia travada

As tentativas de negociações continuam emperradas. A ONU e países como Turquia, Brasil e China têm proposto fóruns de diálogo, mas esbarram na recusa russa em ceder territórios anexados e na posição firme da Ucrânia de não negociar “com armas na cabeça”.

O presidente russo Vladimir Putin reiterou nesta semana que continuará a “operação militar especial” até que seus objetivos sejam alcançados, enquanto reforça os laços diplomáticos com países como Irã, Coreia do Norte e Índia.

Situação humanitária crítica

Mais de 10 milhões de pessoas seguem deslocadas, segundo a ONU, e os danos à infraestrutura já ultrapassam US$ 500 bilhões. Hospitais, usinas e estações elétricas continuam sendo alvos frequentes, apesar de tratados internacionais que proíbem tais ações.

O inverno rigoroso de 2024/2025 agravou a crise energética no país, e organizações humanitárias alertam para uma nova onda de refugiados caso os ataques aos centros urbanos prossigam.


📊 Principais números do conflito (em junho de 2025):

  • Mortes estimadas (civis e militares): +450 mil (dados não oficiais)
  • Refugiados e deslocados internos: 10,7 milhões (ACNUR)
  • Custo estimado dos danos: US$ 511 bilhões (Banco Mundial)
  • Sanções internacionais à Rússia: +13.000 medidas em vigor (EU, EUA)

🌍 Fontes internacionais:

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